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Isolamento social pode trazer consequências ruins para a saúde

Isolamento nunca foi sinônimo de saúde em dia. O problema afeta muitas pessoas, principalmente quando param de trabalhar e não se envolvem em outras atividades. A principal consequência é a depressão. Uma pesquisa feita pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, mostrou que o isolamento e a solidão aumentam em 14% as chances de um idoso morrer prematuramente.

O estudo indicou ainda que idosos que sofrem com isolamento social oferece o dobro de riscos de obesidade em pessoas com mais de 60 anos. Uma pesquisa recente da Universidade de Concórdia, no Canadá, apontou que as relações sociais também podem afetar a saúde da mente dos idosos e não apenas o seu bem-estar físico.

Um grupo de pessoas que passou por grandes mudanças sociais foi avaliado pelos pesquisadores e os resultados mostraram que aqueles que construíram uma melhor rede de apoio eram mais saudáveis. Ao longo de cinco meses, os participantes foram acompanhados pela equipe da universidade.

– A variabilidade da frequência cardíaca, sintoma comum do isolamento social, aumenta o risco de desenvolvimento de problemas de saúde – disse Jean-Philippe Gouin, professor de Psicologia da Universidade de Concórdia, no Canadá.

A flutuação da taxa de batimentos cardíacos é considerada uma forma de entender como vai a saúde do sistema nervoso.

– Muitas vezes, as pessoas acreditam que é difícil fazer novos amigos e criar sua própria rede social. O estudo mostra que o isolamento social deve ser evitado, pois tem impacto negativo tanto na saúde física quanto na saúde cognitiva – explicou o Gouin.

John Cacioppo, responsável pela pesquisa italiana, afirmou que o isolamento social pode trazer problemas para a qualidade do sono, aumenta a pressão arterial e o cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. O pesquisador diz que pessoas mais velhas podem evitar o problema mantendo contato com ex-colegas de trabalho, participando e organizando eventos familiares.

– Pessoas mais velhas que vivem sozinhas não necessariamente serão solitárias. Se permanecerem engajadas socialmente e desfrutarem da companhia de pessoas que gostam, não sofrerão com o isolamento – afirmou Cacioppo.

Fonte: Zero Hora

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