post image

Mais tempo para viver com saúde

De acordo com o IBGE, um brasileiro nascido em 2012 já tem esperança de viver até os 74,6 anos, e, em 2030, esta expectativa deve chegar a 78,33 anos. Ou seja, estamos ganhando cerca de três anos a cada dez graças à evolução das tecnologias médicas e do maior acesso da população às informações sobre cuidados com a saúde. O aumento na expectativa de vida é uma boa notícia para a maioria dos brasileiros, mas também exige preparação e mudanças de comportamento para enfrentar os desafios inerentes a uma população mais idosa, seja no âmbito econômico, da saúde, coletivo ou individual.

Esta nova esperança, por outro lado, traz consigo as doenças crônicas. Um terço da população já sofre de, pelo menos, uma destas doenças: diabetes, hipertensão, reumatismo, doença pulmonar ou dislipidemia. Esses males respondem por 70% dos gastos com saúde no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, motivados pelo estresse da vida moderna, pelo sedentarismo e pelos maus hábitos alimentares cultivados ao longo de anos.

A complexidade do cenário da saúde suplementar no Brasil, as mudanças demográficas e epidemiológicas, além do envelhecimento populacional, apresentam um conjunto de situações que exigem a disseminação organizada e ética de conhecimentos, o compartilhamento de boas práticas, o engajamento das organizações empresariais, inclusive das operadoras de planos de saúde.

As despesas com assistência à saúde correspondem ao segundo maior gasto das empresas. Atualmente, dos mais de 47 milhões de usuários de planos privados de saúde suplementar, cerca de 30 milhões (63%), são atendidos por planos coletivos empresariais oferecidos aos empregados como parte do pacote de benefícios.

Neste contexto, o desenvolvimento de ações de Gestão de Saúde Populacional (GSP) se torna uma ferramenta estratégica para viabilizar o envelhecimento ativo da população e a sustentabilidade econômica do setor, pois se trata de uma linha condutora que auxilia na análise do impacto das determinantes de saúde e conhecimento do risco de uma população, visando a definir ações através das melhores práticas e medir resultados com base em indicadores.

É fundamental que se promova uma grande aliança em busca de soluções integradas, com uma visão ampla da saúde da população, gerando informação, conhecimento, resultado e evolução, e incentivando o envolvimento e a responsabilidade pessoal de todos os públicos participantes. Assim, será possível ajudar os indivíduos saudáveis a permanecerem saudáveis e os portadores de doenças crônicas a participarem de programas que contribuam para uma gerência eficiente das suas condições, promovendo o seu constante bem-estar.

Aprender a cuidar da própria saúde e a promover a mudança de hábitos, melhorando o ambiente em que se vive para o desenvolvimento de um bem-estar global, é um contexto embutido nas metas dos brasileiros ao declararem que querem viver melhor.


Fonte: O Globo

Compartilhar

Permito o uso de cookies para: