O suor serve para regular a temperatura do corpo. Quando o tempo fica muito quente ou quando praticamos atividades físicas, a transpiração é uma forma de eliminar o calor, ajudando o organismo a voltar ao estado de equilíbrio.
Mas, para algumas pessoas, ele deixa de ser apenas um mecanismo natural e se torna um problema. Quando em excesso, o suor gera desconforto e pode até levar ao isolamento social por conta da vergonha.
Sinais de que o suor é excessivo
Hiperidrose é o nome da condição em que as glândulas sudoríparas, responsáveis por produzir suor, atuam de forma mais ativa do que o normal. Pessoas com hiperidrose costumam suar bastante nas axilas, nas mãos e nos pés, mas podem transpirar também no rosto, no couro cabeludo, no pescoço, na virilha e em outras partes do corpo.
No dia a dia, os constrangimentos são muitos. “As camisetas ficam constantemente molhadas embaixo do braço, não importa a textura do tecido”, exemplifica a dra. Camila Lima, dermatologista no Acre e especialista em cabelo, pele e unhas.
Nas mãos, a dificuldade está em segurar a caneta na hora de escrever, já que o líquido chega a pingar entre os dedos. Nos pés, a mesma coisa: se cruzá-los descalços, é possível perceber o suor escorrendo. Andar de sandálias sem escorregar, por exemplo, pode ser uma tarefa complicada.
“Geralmente, a hiperidrose começa a se manifestar na puberdade, que é quando o organismo começa a produzir mais testosterona”, explica a especialista. A testosterona é um hormônio responsável por diversas alterações no corpo masculino e pelo bom funcionamento do processo reprodutivo feminino.
De forma geral, a hiperidrose é dividida em dois tipos:
No dia a dia, a alimentação também influencia. Itens apimentados, por exemplo, aumentam a sudorese. Carne vermelha e alimentos inflamatórios, como o açúcar, interferem ainda no odor do suor.
As regiões atingidas pelo suor excessivo tendem a ficar vermelhas e inflamadas. Isso acontece porque as bactérias que vivem na pele fazem a decomposição do suor, o que pode provocar um odor desagradável. É a bromidrose, ou o popular “cecê”.
Pessoas que sofrem com o excesso de suor de cheiro forte costumam ficar muito preocupadas com o problema e acabam se retraindo em ambientes sociais. Por outro lado, como vimos, a ansiedade leva à produção de mais suor, gerando um círculo vicioso.
No entanto, a dermatologista tranquiliza: tanto para a hiperidrose quanto para a bromidrose, existe solução.
Para combater a produção exagerada de suor, bem como o seu odor desgradável, há os seguintes tratamentos:
“Primeiro, a gente tenta diminuir a produção de suor com líquidos à base de alumínio”, afirma a dra. Camila. Desodorantes que contêm hidróxido de alumínio em sua composição são responsáveis por formar uma camada na superfície da pele que impede a liberação excessiva de suor. O recomendável é passar na região mais afetada à noite para que ela faça efeito no dia seguinte.
É importante destacar, porém, que nem todo desodorante é antitranspirante. O desodorante comum busca diminuir o cheiro, mas não impede a saída do suor. Já o antitranspirante, feito à base de alumínio, atua diretamente no problema, contendo pelo menos 20% da transpiração, e também contribui para a diminuição do odor. Ambos, no entanto, são temporários e devem ser reaplicados constantemente.
Quanto ao seu uso, lembre-se de:
Fonte: Portal Drauzio Varella