post image

"Com 121 kg, mal conseguia me levantar; dançar em casa me ajudou a secar"

A gaúcha Denise Kulman, 21 anos, começou a ter problemas de mobilidade por causa do excesso de peso. Então, decidiu fazer aulas de zumba na sala de casa, mudar a dieta e perdeu 52 kg. Veja como ela conseguiu: “Sempre fui muito vaidosa e, mesmo acima do peso ideal, me sentia bonita. O desconforto com a balança só começou a aparecer aos 19 anos, quando cheguei aos 121 kg --em 1,69 m de altura. Passei a ter dificuldades físicas por causa dos quilos, que atrapalhavam muito minha mobilidade e complicavam diversas situações simples do dia a dia.

Um exemplo era quando cursava o magistério. Uma das atividades mais comuns era sentar no chão em roda com as crianças, o que já não conseguia fazer e me levantar depois sem ajuda. Dançar ou praticar boxe, que sempre amei, causava dores no corpo e falta de ar. Para piorar, via meu namorado com energia de sobra para treinar todos os dias, mesmo acordando bem cedo para trabalhar, e eu ali, sedentária.

Já havia tentado emagrecer diversas vezes na adolescência e sempre desistia. Mas em outubro de 2016 decidi tomar as rédeas do que estava acontecendo com meu corpo. Ainda era muito jovem e não podia continuar vivendo assim, pois teria problemas de saúde no futuro. Sabia que era um bom momento para tentar entrar em forma, já que meu metabolismo ainda estava acelerado por causa da idade.

De imediato, cortei o refrigerante que até então bebia dois litros por dia, diminui o consumo de pães e tudo que continha farinha branca.

imageAproveitei que boa parte das minhas tardes eram livres e procurei por exercícios que pudessem ser feitos na sala de casa. Queria voltar a dançar, mas sentia vergonha de ser julgada ou de parecer desajeitada. Então, tive a ideia de buscar na internet aulas de dança para iniciantes e achei a zumba. Lembro que no começo não aguentava nem 15 minutos, sentia dor nos tornozelos e muito cansaço. Mas, em algumas semanas já fazia uma hora completa de aula!

Por um mês, todos os dias dançava na sala de casa e perdi 6 kg. Quase ninguém notou, mas me senti incrível e muito mais motivada a continuar. Tomei coragem e voltei a praticar boxe e me matriculei na musculação. No primeiro dia, tirei uma foto no espelho do vestiário, planejando que dentro de alguns meses eu teria uma nova foto, com a imagem de uma Denise mais magra e feliz.

Passei a me consultar com uma nutricionista para ter uma dieta saudável, já que sempre vivi rodeada de guloseimas e comendo em excesso. A orientação da especialista foi fundamental para que eu enfrentasse a compulsão alimentar, aprendesse a comer de forma nutritiva e em quantidades adequadas. E assim lá se foram mais 10 kg.

Para não deslizar na dieta, até evitava ir a festas nos primeiros seis meses. Mentalizava em como queria estar no futuro, em tudo que batalhei até ali. Com o passar do tempo, fiquei frustrada por não perder mais peso tão rápido quanto no início, e pensei em desistir diversas vezes. No entanto, segui firme e só saí da 'linha' uma vez: no meu aniversário, em março de 2017, quando me permiti comer três fatias de pizza.

Percebi que minha autoestima estava aumentando e o quanto me sentia insegura antes, mesmo achando que não tinha problemas com a obesidade

A cada consulta com a nutricionista, chorava de alegria ao ver que perdia mais e mais peso. No fim de 2017, bati a marca de 50 kg a menos! Já era capaz de correr mais de uma hora sem sentir dores no corpo! Eu me emociono toda vez que me olho no espelho do vestiário; quando vejo a diferença no meu corpo e o quanto meu modo de pensar mudou. Entendo que somos o que comemos, e comer de maneira equilibrada é o que traz saciedade e mantém o corpo funcionando.

Apesar de treinar boxe duas vezes por semana, musculação mais três e correr aos domingos, estacionei nos 75 kg. Mudei a dieta, os estímulos do treino de força e há cerca de um mês perdi mais 2 kg, totalizando 52 kg a menos na balança. Quando olho o quanto evolui nos últimos dois anos fico feliz de ver até onde minha disciplina me levou. Minha meta em longo prazo é ganhar mais massa magra e tentar chegar aos 65 kg.”


Fonte: UOL
Enviada por JC

Compartilhar

Permito o uso de cookies para: