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Peso extra nas mochilas: mais de 50% carregam uma carga acima do recomendável

Pesquisas realizadas recentemente em 14 escolas públicas e privadas mostram que 360 crianças entre 5 e 10 anos, mais da metade da amostra, carregam peso extra em suas mochilas. Isto é, 53% das crianças que participaram do estudo realizado pela equipe DECO/ PRÒTESE transportavam uma carga acima do recomendável.                                                                                
Hoje o consenso entre os especialistas é que o peso da mochila não deve ultrapassar 10% do peso de quem a transporta. Isto significa que uma criança de 35 a 40 Kg não deverá carregar mais de 3,5 a 4 Kg.
As crianças que carregam peso acima do normal podem desenvolver doenças na coluna vertebral, nos pés e nos quadris. Quanto mais pesada a mochila, e o tempo que ficar nas costas, mais grave será o problema de saúde na criança.
É preciso que as editoras, o Ministério da Educação, os pais e as escolas elaborem programas de educação nesse sentido. É preciso pensar em livros e cadernos com menos peso (folhas finas) e aproveitar as potencialidades da informática, como o CD-ROM. As escolas também devem programar aulas em que os alunos carreguem menos peso nas mochilas.
                                           
Aos pais cabe pesar regularmente e verificar o peso da mochila, eliminando o desnecessário para as aulas. Colabore para o desenvolvimento saudável do seu filho, orientando-o na hora de carregar a mochila, distribuindo melhor seu peso e ajustando-a corretamente nas costas. Assim, problemas futuros serão evitados.

Limite de peso carregado em mochilas escolares será analisado pela CAS
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) deve votar, em caráter terminativo, na quarta-feira (30), projeto de lei da Câmara (PLC 66/2012) que estabelece limite de peso a ser carregado nas mochilas dos estudantes. A proposta determina que o volume de material escolar transportado corresponda a 15% do peso corporal do aluno.
A senadora Ângela Portela (PT-RR) relatou o projeto na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) e é também a relatora na CAS. Ela apresentou substitutivo acrescentando a obrigatoriedade de as escolas fornecerem armários para os estudantes guardarem parte de seu material escolar. Segundo observou, essa necessidade é ainda maior nas escolas que recebem alunos em tempo integral. O substitutivo foi aprovado pela CE e a parlamentar recomenda a sua aprovação também pela CAS.
Ao justificar seu projeto, o deputado federal Sandes Júnior (PP-GO) alertou para os problemas de saúde dos estudantes gerados pelo excesso de peso carregado diariamente nas mochilas escolares. Segundo o parlamentar, a Sociedade Brasileira de Ortopedia estima que cerca de 60% a 70% dos problemas de coluna na fase adulta são causados por sobrecarga de peso e esforços repetitivos na adolescência.
Se aprovada pela CAS com as modificações do substitutivo, a matéria deverá retornar à Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado e Guia Kidy para a Volta às aulas
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