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Software de reconhecimento facial identifica doença genética rara

Um programa de computador construído pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano dos EUA, (NHGRI, na sigla em inglês) consegue detectar só pela face a rara síndrome genética de DiGeorge. Ela é conhecida por provocar fissura labiopalatina (lábio leporino), alteração da morfologia da face, defeitos no coração e também problemas de aprendizagem. O problema (causado por uma deleção genética no cromossomo 22) é que a síndrome aparece de maneiras distintas nas diferentes etnias como a asiática, as africanas e nos povos da América Latina. A síndrome DiGeorge é rara e afeta de 1 em cada 3.000 a 1 em cada 6.000 crianças.

Segundo o médico Paul Kruszka, do NHGRI, uma das maiores dificuldades é que os especialistas não conseguem reconhecer a doença com facilidade e o diagnóstico demora para ser confirmado.

Os pesquisadores coletaram as informações de mais de cem participantes com a doença de 11 países –e aparência variava bastante entre eles– para compor um atlas de más-formações humanas.

Além disso, usando o software que usa tecnologia de reconhecimento facial, os cientistas compararam os rostos de de 156 caucasianos, africanos, asiáticos e latino-americanos com os de pessoas sem a doença. A partir de 126 medidas diferentes da face, a taxa de diagnósticos correta chegou a 96,6%.

A ideia é os que os países que não dispõem de recursos para a realização de exames genéticos possam usar esse atlas e o software para identificar rapidamente crianças afetadas.

A tecnologia não é muito diferente daquela já utilizada em diversos aeroportos do mundo e também pelo Google e pelo Facebook para a identificação de pessoas.

A esperança é que, em um futuro próximo, baste um profissional de saúde tirar a foto do paciente para que identifique a provável síndrome genética que o acomete, seja DiGeorge, Down, Noonan e Williams, por exemplo.  

Fonte: Folha
Enviada por JC

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