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Dê aquela forcinha no aprendizado

É sempre um enorme prazer ajudar a proporcionar novos aprendizados aos pequenos. Além da escola, pais e mães podem oferecer experiências interessantes, estimulando-os com livros, filmes, desenho, música. Entretanto, é preciso estar atento para não forçar nada. Afinal, os incentivos devem ser bem-vindos, nunca impostos, evitando-se atropelar etapas importantes do desenvolvimento infantil.

Em primeiro lugar, lembre-se de que as crianças aprendem por imitação. Por isso, nada melhor do que você dar o exemplo e, assim, ensinar algo novo ou um hábito saudável ao seu filho. “Se a criança nos observa lendo um livro, ela recebe um estímulo para o aprendizado da melhor forma possível, porque é espontâneo”, diz Deborah Moss, neuropsicóloga, especialista em comportamento infantil e mestre em psicologia do desenvolvimento pela Universidade de São Paulo.

Outra forma de ajudar o pequeno a entrar em contato com algo novo é estimulando sua curiosidade. Como fazer isso? Com brincadeiras e muita diversão! Um simples dia de chuva, por exemplo, pode ser uma ótima maneira de descobrir por que a água cai do céu. Juntos, vocês podem ler um livro sobre o assunto ou realizar uma pesquisa na internet.

Já os filmes, além de entretê-los, são valiosas ferramentas de aprendizado. Ao assistirem, eles podem conhecer lugares novos, fatos históricos, culturas diferentes e até serem transportados para um universo mágico. Uma boa pedida é o Divertida Mente, lançando em 2015 pela Pixar. De maneira encantadora, o filme fala sobre o papel das emoções e dos sentimentos em nossa vida. Provavelmente seu filho não vai tirar os olhos da tela!

As brincadeiras, por sua vez, também são maneiras de passar para as crianças princípios, valores e ensinamentos, lembra o psicólogo Yuri Busin, diretor do Centro de Atenção à Saúde Mental Equilíbrio (CASME) e mestre pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP).

Um exemplo prático proposto pelo especialista é o seguinte: escolha uma brincadeira, como a famosa barra-manteiga. Explique as regras para as crianças e, depois, proponha uma discussão entre elas. Estimule-as a dizer com o que estão de acordo e com o que não estão, e pergunte se sugerem mudanças.

“De maneira simples e sem pressão, você está ensinando a criança a questionar, a discutir, a escutar o outro, a respeitar, a se posicionar e também a seguir as regras. Assim como os acontecimentos da vida adulta, brincadeira tem que ter começo, meio e fim, e a criança deve poder sempre se posicionar e questionar”, explica.

Ouvir histórias, ler, assistir a uma peça de teatro, cantar, jogar. 

Tudo isso entra para a conta do aprendizado. Quer um exemplo? Você pode dizer à criança que com dedicação se chega mais longe. Mas também pode deixar essa ideia mais próxima do imaginário do pequeno. “Conte a ele a história dos três porquinhos. Ele provavelmente vai entender que o preguiçoso, aquele que construiu a casa de palha, se deu mal. Já o porquinho dedicado, que fez a casa de tijolo, saiu vitorioso”, diz o psicólogo.

Por isso, aposte no hábito da leitura e no poder dos livros infantis. Eles são fundamentais para estimular a imaginação, aguçar a curiosidade, ajudar no desenvolvimento da linguagem – tanto escrita quanto oral – e fazer seu filho entender muito mais sobre ele mesmo e sobre o mundo a sua volta.

Fonte: Crescer

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