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OMS recomenda que brasileiras considerem adiar gravidez devido a surto de vírus zika

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendou nesta terça-feira (31/05) que as mulheres que vivem em áreas afetadas pelo surto do vírus zika no Brasil adiem ou pelo menos considerem adiar uma gravidez. "A recomendação é considerar o adiamento da gravidez, certamente reconhecendo que isso pode ser duro para algumas pessoas", afirmou o porta-voz da OMS, Christian Lindmeies. A entidade sugere que mulheres e casais que vivem ou visitaram regiões afetadas pelo surto da doença aguardem pelo menos seis meses antes de considerar uma gravidez caso o homem tenha apresentado algum sintoma do vírus. Já para quem esteve nessas áreas e nao tem sintomas, a recomendação é de pelo menos dois meses de espera para que uma gestação seja iniciada.

De acordo com um documento divulgado nesta terça-feira pela OMS, "para prevenir consequências fetais ou uma gravidez adversa", homens e mulheres em idades reprodutivas que vivem em áreas de transmissão do vírus zika "devem ser corretamente informados e orientados sobre a possibilidade de adiar uma possível gravidez".

"Os cientistas estão constantemente avaliando as evidências que surgem e determinaram que o vírus sobrevive mais tempo no sangue e nos fluidos corporais do que se pensava", disse Lindmeier.

A entidade também elevou de quatro para oito semanas o período recomendado para que homens e mulheres que retornem de uma região com transmissão do vírus pratiquem sexo seguro ou adotem abstinência.

Segundo a OMS, caso tenha ocorrido relação sexual sem proteção e a mulher não deseje uma gravidez por preocupações relacionadas ao vírus zika, ela deve ter "rápido acesso a serviços de contracepção de emergência e conselhos médicos".

As novas recomendações, de acordo com Lindmeies, “refletem o que aprendemos sobre a doença Zika e suas complicações”.

Ele disse que cientistas também investigam por quanto tempo o vírus pode ser encontrado na saliva, mas os testes até agora são inconclusivos.

O zika foi associado a um aumento dos casos de microcefalia no Brasil desde o ano passado e a um crescimento de registros de desordens neurológicas em outros países da região.

A OMS voltou a afirmar que não vê razões para adiar ou transferir a sede dos Jogos Olímpicos, que serão disputados no Rio de Janeiro em agosto, por acreditar que a realização do evento no Brasil não aumenta o risco global de transmissão do vírus.

Fonte: Operamundi
Enviada por JC

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